Naturalmente nú
acendeu na casa uma fogueira
De pele chegada ao lume
arrependeu-se de cada
pecado, de cada
mal feito, de cada
bem desperdiçado. Não
era ainda altura do
perdão,saíu, assim, para
o inverno,o passo
incerto, uma pequena
luz nos nós dos dedos
30/12/2009
15/05/2009
o pó dos astros
De terra e de não terra são os ossos
de carne e de não carne o pensamento
o mesmo rosto às vezes, às vezes outra
cara, fortes e fracos, presos e libertos:
Assim somos, de tudo e nada feitos
e feitos, mesmo assim, do pó dos astros
de carne e de não carne o pensamento
o mesmo rosto às vezes, às vezes outra
cara, fortes e fracos, presos e libertos:
Assim somos, de tudo e nada feitos
e feitos, mesmo assim, do pó dos astros
03/03/2009
paragem ao luar
Vem o poema no compasso do galope
deslizando nos ares altos do cavalo
de cristal. Corpos elásticos andam
por direito em comunhão de esforço
até ao zénite em que cessa o
movimento. Tu respiras, o cavalo
resfolega e há um momento de
paz pura no silêncio da paragem
ao luar
deslizando nos ares altos do cavalo
de cristal. Corpos elásticos andam
por direito em comunhão de esforço
até ao zénite em que cessa o
movimento. Tu respiras, o cavalo
resfolega e há um momento de
paz pura no silêncio da paragem
ao luar
entre os olhos e a nuca
Era de noite quando anoiteciam
as mãos esquecidas sobre o surdo
som do ventre. Entre os olhos e a
nuca resistiam ao cansaço e
diziam poesia como se
esconjurassem espíritos
as mãos esquecidas sobre o surdo
som do ventre. Entre os olhos e a
nuca resistiam ao cansaço e
diziam poesia como se
esconjurassem espíritos
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