Dos corpos só restara uma lembrança
diluída em brumas espectrais;
parecia de sede, talvez fosse de gestos
mas era tão amena que a julgaram irreal
19/04/2006
17/04/2006
mais um beijo
Deixas o corpo amolecer um pouco,
cansado que já estava de lutar por ti.
Respiras o ar sem dúvidas: sabes
que o mereceste. Tranquilamente,
adoças as mãos nos olhos e no teu colo
aqueces um pouco o mundo conturbado.
Uma canção esquecida vem junto a ti,
a espaços, relembrar-te o rio da memória.
Não podes pedir mais. Agradeces só
por mais um pôr do sol, por mais um beijo
na brisa madura dos teus cabelos soltos.
cansado que já estava de lutar por ti.
Respiras o ar sem dúvidas: sabes
que o mereceste. Tranquilamente,
adoças as mãos nos olhos e no teu colo
aqueces um pouco o mundo conturbado.
Uma canção esquecida vem junto a ti,
a espaços, relembrar-te o rio da memória.
Não podes pedir mais. Agradeces só
por mais um pôr do sol, por mais um beijo
na brisa madura dos teus cabelos soltos.
12/04/2006
beijar o lume
Viver-te o corpo como quem beija o lume
roçar nele a boca, fremir e tomá-lo
ficar porque se quer e não se quer
mais nada
roçar nele a boca, fremir e tomá-lo
ficar porque se quer e não se quer
mais nada
apesar de voltar
Iremos outra vez; iremos
mesmo rasgando os pés pelos penedos
Iremos outra vez; e outra
até provarmos todo o sal do mar
Iremos outra vez; e outra; e outra
até sabermos quais os seus segredos
Iremos outra vez; iremos sempre
até esgotar-se a chama do olhar
Iremos, iremos. Apesar de voltar
mesmo rasgando os pés pelos penedos
Iremos outra vez; e outra
até provarmos todo o sal do mar
Iremos outra vez; e outra; e outra
até sabermos quais os seus segredos
Iremos outra vez; iremos sempre
até esgotar-se a chama do olhar
Iremos, iremos. Apesar de voltar
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