Esvai-se a tarde morna em doce sono
a baixa mar embala o ar de leve
enfoscam-se de sombra os tons de Outono
anunciando a noite para breve.
No céu, a lua cheia está serena
e espera, recolhida, atrás dum monte.
O sol transmuda-se em vermelho; acena
à lua um beijo e beija o horizonte.
Tudo em redor se templa e se contém:
a prostituta abraça o seu amor,
o vagabundo pára e lembra a mãe...
e na praia sozinha, uma garota
enquanto ainda resta alguma cor
contempla, quietinha, uma gaivota
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Razão de Ser
Não era para ser assim, mas este blog é cada vez mais um local de recolhimento onde me reencontro com a minha poesia. Por isso mesmo, não há hora marcada para regressar nem tempo medido para ficar. Não é certo, mas é muito provável que assim continue por alguns anos.
3 comments:
Obrigado, Luz,
Benvinda. Este lugar, e eu, apreciaremos muito as tuas visitas.
Até lá!
Olá Vasco,
sabes que contemplo, sempre, o que escreves. No caso presente, o quadro está pintado. Quem disse que "uma imagem vale mais que mil palavras"?
Olá Maria,
Ainda bem que gostas. Para mim está demasiado preso à forma clássica (e tem um dois problemas irritantes que hei-de resolver um dia).
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