Construíste na montanha a tua casa,
escondida a meia encosta, apartada
da cidade dos homens e distante
de todas as tuas outras casas.
É lá teu refúgio, é lá que guardas
o que mais vale em ti, o que mais prezas:
Farrapos de arco-íris, uns quantos raios
de luz, alguns cheiros da terra, do feno e
dos cavalos. Muitas danças: danças de
animais e homens, sinfonias de corpos, de
nervos e de músculos. Vários sons do ar
e canções de cristal encostadas a
um punhado de palavras plenas de sentidos.
É para aí que vais quando precisas
de fugir do mundo para te encontrares
contigo.Ai te bastas tu e o teu espírito e
o velho bordão de oliveira brava.
Aí te bastas; mas manténs a porta aberta
e muitos presentes preparados. De vez em quando,
lanças os olhos longe no caminho, esperas ouvir
os improváveis passos doutros caminheiros
05/01/2006
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4 comments:
Caro Vasco,
Ia, precisamente, começar a escrever o que me inspira uma pintura de Pissaro, "redroofs", quando decidi visitar o teu blog e me deparei com este poema: afinal, o texto já tinha sido escrito.
Perante esta evidência (perturbadora, admito) limito-me a publicar, no meu espaço, a imagem que sinto tão bem ilustrar esta tua "Casa da Montanha".
Sem mais palavras, por agora.
Olá vizinha,
Espero muito pelos teus passos, e tenho esperança que continues gostando dos meus presentes.
Volta sempre: esta também é a tua casa
Olá Ana,
Não só me sinto muito honrado por ter colocado um link meu o seu blog como confesso que o link que coloquei foi uma tentativa incompetente de colocar no meu um link seu... Quer ensinar-me?
Beijos
Olá Ana,
Como vê, foi um bom conselho... embora tivesse que mudar o template para lá chegar.
Beijos... e obrigado
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