24/03/2010

não era bem

Não era bem a seda do falar, como
não era bem o seu poisar de olhos
circunstantes. Seria, porventura
mais o gesto, o voo dos dedos, a
forma como guardava o espaço
na cova leve das mãos. Doutra
maneira, como retinha a luz em
seu redor, ou seja ainda, o seu
modo tão seu de existir. Num
lugar morno imune ao tempo havia
risos, festas e puríssimas
palavras