08/06/2005

ponto de chegada

Canoa nas ondas
virada à bolina
trigo manso, maduro
dobrado no vento.
Estás como sempre
onde podes estar
mas aqui é igual
ao que sempre quiseste
aqui finda um caminho:
Chegaste.
Por muito que teimes
em ti e no sol
por muito que teimes
no sol e no mundo
nem tu, nem o sol
e menos o mundo
podem ser algo mais
do que o frémito lento
o ser devagar,
a festa tranquila,
o cúmplice abraço
entre ti e o dia

2 comments:

Anonymous said...

muito bom e, sobretudo, mais livre que os restantes.

sandrafofinha said...

Poema lindissimo!! Muito giro mesmo!! Eu adorei este poema!! Beijinhos fofinhos!!