16/01/2014

ser-se

Um velho voltou hoje ao mar profundo,
o corpo torto mas a fronte de osso
agudo. Era o que era,  pouco o que
pedia: um peixe de sal, uma côdea de
pão, uma enxerga, uma telha, ver a lua
na noite, ver o dia nascer e dar a mão
ao mar e dar a mão ao mar até morrer

4 comments:

Mancha said...

Belíssimo, Vasco. Belíssimo.

Aproveito, também, para agradecer o comentário que deixou lá na Utopia, em Janeiro passado. Só por estes dias o vi.E comovi-me. Veio o passado a sua voz fazer-me voltar à escrita.

Entretanto, mudei de casa. Já perdi a conta às vezes que isso aconteceu. Creio ter agora encontrado o sítio certo. Encontramo-nos lá? http://desexistir.blogspot.pt

Mancha said...

Percebi que, talvez, pelo meu nome não me reconheça. Fui, durante anos, a Ana Prado. Agora voltei a mim. Com o nome menos bonito, mas verdadeiramente meu.

Vasco Pontes said...
This comment has been removed by the author.
Vasco Pontes said...

Olá Antónia, Obrigado pela visita. Ando fugido, mas por boas razões.
Já te visitei e vi por lá coisas muito boas.
Vi, foi poucas, mas dito por mim até tem piada
Beijos, volta sempre